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Doc. 2 / AML-AH, Book I of Contracts, doc. 5, p. 123 to 126

AML-AH, Book I of Contracts, doc. 5, p. 123 to 126
 

18 November 1471, Lisbon, Council officeThe councillors of Lisbon establish an agreement with Isabella of Portugal, Duchess of Burgundy and daughter of John I of Portugal, under which prayers would be offered, in the Chapel of Saint Anthony, for the soul of Prince Fernando of Portugal.
 

Fernando of Portugal died in Fez in 1443. The eighth son of John I and of Philippa of Lancaster, he would always be remembered as the Holy Prince. His sister, Isabella of Portugal, Duchess of Burgundy, perpetuated the homage to her brother through this agreement so that he would be remembered in the “chapel of the blessed Saint Antoninho”, the name by which the chapel was known at the time. The Duchess died on the 17th of December that same year in Dijon.

18 November 1471, Lisbon, Council officeThe councillors of Lisbon establish an agreement with Isabella of Portugal, Duchess of Burgundy and daughter of John I of Portugal, under which prayers would be offered, in the Chapel of Saint Anthony, for the soul of Prince Fernando of Portugal.
 

Jn nomjne Domjny Amem. Saibham os que este contrauto de compromiso Virem que no anno do naçimento de Nosso Senhor Jhesu Chrispto de mill e quatroçentos e sateenta e huum annos dezoito dias do mes de Nouenbro em a camara da veraçom. da muy nobre e leall çidade de Lixboa em presença de mim tabaliam e testemunhas adiante escriptas.// estando hi de presente ./ os muyto homrrados /. vereadores e çidadaaos da dicta çidade scilicet Joham lopez caualeyro e gomez annes o rrico E ayras gomez todos tres vereadores. E Lopo rrodriguez procurador da dicta çidade // E aluoro de castro caualeiro. E o bacharell lopo vaaz Juizes do çiuell // E gomçallo meendez caualeiro e ffernam martinz Juizes do crime todos çidadaaos da dicta çidade. E outros // E logo perante os dictos ssenhores ofiçiaaes pareçeo dom ffrey Joham aluarez abade de paaçoo de sousa criado e sacretario que ffoy do Senhor Jfante dom ffernando cuJa alma deos aJa // pollo qual ffoy apresentado aos dictos ssenhores offiçiaaes huum aluara d el Rey Nosso Senhor per elle asijnado do quall o theor tall he: Corregedor E ofiçiaaes desta Nosa çidade de lixboa mandamos uos que tanto que uos for apresentado este escripto ponhaaes em ffim e concludaaes o fecto do compromiso que he hordenado antre a duquesa de bergonha minha muyto prezada E muyto amada tya. E vos outros sobre a capeella que sse ha de perpetuar pella alma de meu tyo o Jffante dom ffernando que deos aJa Sem outro nemhuum enbargo Nem delonga que a ello ponhaaes de guissa que dom abade de paaçoo que desto tem carrego por parte da dicta duquesa Nom seja por ello aquy de theudo. E aasi o emtendemos por Nosso seruiço. E do contrairo nos desprazera ffecta na dicta çidade quatro dias de Nouenbro era do Naçimento de Nosso Senhor Jhesu crispto de mjll e IIIIc e sateenta e huum annos. Outrosi foy mais apresentada pello dicto dom abade do paaçoo aos dictos senhores ofiçiaaes hũa carta de creença da senhora duquesa de bergonha asijnada per ella da quall o theor tall he: Regedores E ofiçiaaes da çidade de lixboa // a duquesa de bergonha cetera uos enuyo muyto saudar // Bem sabees como ha tenpo que uos emuyey rrequerer per vijçente gill mercador açerqua de hũa misa de cada dia que mandey ffundar em perpetuum na capeela de santo antonjnho desa çidade por a alma de meu Jrmãao o Jffante dom ffernando que deos aJa com huum unjuersayro cada anno de que vos auees de teer o proueeymento segundo mais compridamente sse contem em huum compromiso que antre mim E voos deuya de sseer fecto e ffirmado pera o quall eu Ja tenho comffirmaçom do papa e çertas Jnduligençias que me outorgou pera o dicto unjuersayro. E porquanto eu enuyo ora a eses Reignos dom abade de paaçoo por algũas cousas que perteençem a meu seruiço // E desta em espeçiall lhe dey emcarrego E meu poder E autoridade pera em este ffecto fallar E o emcaminhar comvosco E o trazer logo a fim sem outra delonga // E asi me trazer dello ou me emuyar as escripturas que ca ey de veer portanto uos Rogo e encomendo que uos praza de sseerdes a esto bem deligentes / E que façaaes de geyto que sse acabe logo este ffecto que ha tanto que he começado. E Rogo uos que creeaaes E dees fe

ao dicto dom abade do que uos açerqua desto disser por minha parte // assi como fariees a mim sse em pessoa esteuesse de pressente. E fazer me es em esto grande prazer // E cousa que uos muyto gradeçerey E pooer me es na conta de que faça alguum bem neesa capeella mais do que ante ffezera o santo espritu uos aJa em sua guarda escripta em a villa d ayra a xii dias d agosto annos. O quall aluara do dicto Senhor Rey E carta de creença da dicta senhora duquesa assi apresentadas pello dicto dom abade de paaçoo como dicto he // logo pellos dictos vereadores e procurador E Juizes e ofiçiaaes da dicta çidade ffoy dicto que assi era verdade que a Muy eixelente prinçesa Jffante dona Jsabell filha dos muy virtuosos rrey dom Joham e Rainha dona ffelipa da escrereçida memoria duquesa de bergonha de lotaque de barbante E de lanbur condesa de ffrandes d artooees E de bergonha pelatina de henante de olanda de zelanda E de naamur marquesa de santum pereo, senhora de fusa de salinas E de maalinas // moujda de piedade e compaixam de sseu Jrmãao o Jffante dom ffernando o quall com zello de caridade por seruiço de deos E por saluaçom E lijuramemto das Jeentes destes Reignos que emtam Jaziam em çerquo sobre a çidade de tanjer que emtam era de Jnfijees que outro modo Nom tijnham pera escaparem daly elle sse offereçeo por elles E sse deu em prenda E a reffees em maaos e poderio dos mouros emfijees em cuja prisom e catyueiro gramdemente padeçeo E per longo tenpo E aly morreo E ffez ffim de sua vida // polla quall rrazom a dicta senhora esguardando o que lhe pertençia de ffazer por bem de ssua alma hordenou de ffazer dizer e çelebrar cada dia hũa misa rrezada E de cantarem por elle cada anno huum soplene unjuersayro no dia em que sse elle ffinou E esto pera todo sempre na capeella do bem auenturado santo antonjnho que esta Junto com a ssee catredall da dicta çidade // E pera sse esto poder soportar E sse manteerem e dizerem as dictas misas E unjuersairo // ella emuyara ja tenpo ha de sseos beens propios aa dicta çidade çento E vijnte E quatro mjll E duzentos rreais ora correntes pera sse comprarem beens de rraiz que rendam cada anno cousa çerta aa dicta çidade pera soportamento da dicta misa e unjuersayro // escrepuendo sobre ello E Rogando muy aficadamente a elles rregedores E offiçiaaes da dicta çidade que pello de deos E por sua comtenplaçom lhes prouuese de quererem rreçeber os dictos dinheiros E de açeptarem E teerem carrego da amenistraçom e gouernança da dicta capeella E a manteerem e soportarem pera todo senpre // ffilhando a dicta çidade prinçipalmente ssobre si este carrego E obrigando sse de a manteer segundo sua hordenança E que desto lhe ffezessem suas escripturas ppubricas d obrigaçom soffiçiente E de segurança abastante e ffirme per onde ella podesse seer segura e çerta da perpetuaçom e comthinuaçom da dicta capeella. Pedindo aJuda por merçee a el Rey Noso Senhor que desto lhe prouuesse // E de dar liçença E ssua autoridade a elles vereadores e ofiçiaaes da dicta çidade pera poderem obrigar os beens E Rendas della E a manteerem e guardarem pera

Senpre o comtrauto e compromiso que ssobre esto ffosse ffectos // E de o comffirmar assi per ssaa carta. As quaaes cousas esguardando elles dictos vereadores e offiçiaaes E ao requerimento da dicta Senhora sseer devoto E justo ffundado em louvor de deos E por descarrego da alma do dicto Senhor Jffamte dom ffernando a que todollos destes rregnos ssom muyto obrigados pello amor que lhe mostrou / E pello beneffiçio que delle rreçeberom / de ssi comsijrando as muytas vertudes E nobreza da dicta Senhora duquesa E a muyta boa affeiçom e estremado deseJo com a homrra aJuda merçees E ffauor que della ssempre reçeberom E rreçebem os desta terra / auudo seu consselho E avisamento sobre ello determjnadamente comcludirom E deliberarom de lhe comprazerem E d outorgarem sseu Requerimemto. E assi lhe responderom e escrepuerom e çertefficarom / posto que por emtam as escripturas a esto compridoyras sse nom poderom ffazer por alguuns negoçios d inportançia e ocupaçooes neçessarias que ata aquy sobreveerom aa dicta çidade // Agora polla vijnda do dicto dom frey Joham Aluarez abade de paaçoo / o quall por esto e por outras cousas a dicta ssenhora ca emvyou de que per a dicta ssua letera de creença // E pello que lhes falou de ssua parte // souberom do grande desejo E vomtade que ella tem de sse logo ffazerem / E outorgarem as scripturas do dicto comtrauto E compromiso E que este ffecto sse nom ponha mais em outra tardança Nem perlomga do que a elles dictos vereadores E offiçiaaes prazia muyto E eram prestes e contentes pera em Jsto E pera em outra quallquer cousa que podessem ffazer seruiço aa dicta ssenhora E que pera esto acabarem e comcludirem eram aly chamados e Juntos. E per o dicto dom abade ffoy dicto per vertude da dicta carta de creença que vontade E desejo era da dicta ssenhora duquesa de per esta aministraçom Numca em alguum tenpo prelado nem o cabijdoo da ssee da dicta çidade Nem outra Nem hũa persoa ecresiastica nom tenham Nem posam auer a amenistraçom das dictas misas Nem beens da dicta capella Nem aJam outra algũa autoridade pera em ello entenderem sobre elles offiçiaaes que pello tenpo fforem em a dicta çidade pera sseerem costrangidos Mas que desfalçeendo algũa vez ou vezes que a dicta misa sse nom diga // que El Rey Nosso Senhor per sseu Corregedor ou per quem lhe aprouuer os mande costranger E faça poer E dar aa eixucuçom a pena em este comtrauto contheuda / de guisa que em toda maneira sse cante a dicta capeella como dicto he. E logo pello dicto dom abade lhe ffoy aos dictos offiçiaaes apresentada hũa carta d el Rey Nosso Senhor scripta em purgamjnho asijnada per elle / E asseelada do sseu seello pendente da quall o theor tall he //

Dom Affonsso per graça de deos Rey de purtugall E dos algarues d aaquem E aalem mar em affrica A quantos esta carta virem ffazemos saber que Nos ffomos Requerido por parte da duquesa de bergonha muyto prezada

E amada tya que dessemos Nossa autoridade e liçença aos Regedores e offiçiaaes da Nossa çidade de Lixboa pera obrigarem os beens E rrendas da dicta çidade aa manteerem huum contrauto e composiçom que ella ffez fazer E hordenar com os rregedores E offiçiaaes que ora ssom pera sse dizer cada dia / E pera ssenpre hũa misa rrezada E cada anno sse cantar huum unjuersayro soplene na capella de ssanto antonjnho que esta Junto com a ssee da dicta çidade que a dicta duquesa manda dizer E cantar per a alma do Jffante dom ffernando meu tyo que deos aJa E esto por preço de çento E vijnte E quatro mjll E duzentos rreais brancos / que os sobredictos Reçeberom pera conprar em beens que Rendam cada anno pera soportamento do capelam que ouuer de cantar a dicta capeella E dos outros custos / segundo mais compridamente ffaz mençom no dicto contrauto e composiçom que antre ellos he ffecta. E Nos veendo como esto he obra piadosa digna de ffauor E aJuda Moormente por rrespeito da dicta duquesa E Jffante que nos tanto perteençem per deuydo E affeiçom // nos praz E outrogamos E damos liçença / E lugar aos dictos Regedores E offiçiaaes pera obrigarem os beens E Rendas da dicta çidade assi manteer E comprir o contrauto E composiçom suso dicta A quall Nos eso meesmo comffirmamos E auemos por ffirme e estauell pera todo ssenpre E mandamos a todallas Nossas Justiças que assi o façam comprir E guardar segundo em ella he contheudo sem outro alguum embargo / por que assy he Nossa merçee // E em testemunho dello lhe mandamos dar esta carta asijnada per Nos E asseelada do Nosso sseello pendente dada em a Nossa çidade de lixboa dous dias de Nouenbro pero lourenço a ffez anno do Naçimento de Nosso Senhor Jhesu chrispto de mjll e IIIIc E sateenta E huum annos. E apressentada assi a dicta carta logo pellos dictos Regedores E offiçiaaes ffoy dicto que elles pela autoridade E liçença que lhe pera ello he outorgada per El Rey Nosso Senhor lhes prazia de Reçeberem E filharem ssobre ssi encarrego desta amenistraçom pella guisa que aquy he contheudo E outorgarom que a dicta çidade seJa a ello obrigada prinçipalmente segundo adiante ffaz mençom.//. E logo hi pressente mim tabaliam e testemunhas adiante scriptas os sobredictos Regedores E ofiçiaaes rreçeberom da dicta senhora duquesa per mãaos de vijçente gill mercador morador em a dicta çidade E de Ruy uaasquez d oobidos escudeiro do dicto Senhor Rey E criado do dicto dom abade que presentes estauam os dictos çento e vijnte E quatro mjll e duzentos rreais ora correntes que lhes ella mandou entregar pera soportamento da dicta misa que pera ssenpre E cada dia sse ha de dizer E do dicto unjuersayro que sse em cada huum anno

ha de Cantar conuem a ssaber Vijnte mjll E oytoçentos e trijnta e tres rreais que Ja derom per hũas casas que ssom em a dicta çidade fforras e Jsentas Junto com o chaffariz d el Rey ffreguesija de ssam Joham da praça E outro dinheiro pera sse comprarem em outras posisooes os quaaes dinheiros logo os dictos senhores offiçiaaes de sua mãao entregarom pressente mim tabaliam / ao dicto Vijçente gill que pressente estaua ataa sse conprarem os dictos beens.//. Os quaaes dinheiros elles dictos rregedores E offiçiaaes Reçeberom E sse derom delles E em nome da dicta çidade por bem pagados E entregues e satisfectos ssem mingua e erro alguum./ E per poder de sseos offiçios E da dicta carta que ssobre esto ouuerom do dicto senhor Rey obrigauam como de ffecto logo obrigarom os beens E rrendas da dicta çidade assi as que ora tem como as que daquy adiante ouuer E teuer de pagarem E de teerem capellam çerto que na dicta capeela de santo antonijnho em cada huum dia diga a dicta misa rrezada segundo ja ora teem .// E em no ffim della diga o ssalmos de miserere mey deus .// E de proffundis com o pater nostrum // e com tres oraçooes comuem a saber Jnclina domine autrem tuam por elle defunto .// E deus Venye largitor pollas almas de sseos deuydos .// E ffidelium deus per todollos ffiees cristaaos .// a quall missa sse dira pera ssenpre cada dia ssem ffaleçer dia alguum.// E mais sse obrigarom os dictos Regedores E offiçiaaes em nome da dicta çidade que em cada huum anno aos çinquo dias de Junho que ffoy o dia em que sse ffinou o dicto Senhor Jffante dom ffernando sse cante na dicta capeella de santo antonjnho hũa misa de Requyem com diacollo e sudiacono o mais soplenememte que sse poder dizer com vesporas dos ffinados E com huum nouturno o dia dante // e em ffim das besporas e matinas e missa a ffora a oraçom do unjuersayro .// dirom hũa oraçom polla alma d el Rey dom Joham E outra pella Rainha dona ffelipa E nas dictas oraçooes ssenpre os nomearom em esta maneira .// ffamily tuy ffernandi quondam Jnffantis nostri // Et Johanis quodam regis noster // Et ffilipe quondam reginne nostre.// E na dicta misa rrezada que sse cada dia ha de dizer ssenpre aueram memoria E Rogarom a deos pella dicta ssenhora duquesa que esta santa obra hordenou E mandou ffazer.// As quaees missas que sse cada dia ham de dizer rrezadas E unjuersayro que sse cada anno ha de dizer cantado como dicto he // Nom ffalleçerom nem çesarom de sse dizerem por nemhuum caso ou negoçio que a venha.// E ffaleçendo ou çesando que pellos beens E rrendas da dicta çidade sse entregue E sse mantenha e tenha todauya capelam certo E pago aa sua custa e propia despesa per bem dos dictos çento E vijnte e quatro mjll E duzentos rreais que assi rreçeberom da dicta ssenhora duquesa de que em çima faz mençom.// E portanto elles dictos Regedores E offiçiaaes por ssi E pellos outros ofiçiaaes

que fforem ao diante em nome da dicta çidade de lixboa tomarom o carrego desta amenjstraçom E ssobre ssuas conçiençias E prometerom a deos E aa sua santa ffe de fazerem e conprirem E manteerem todo o que dicto he . // E que nom ffaleça de sse dizer a dicta misa rrezada cada dia E de sse cantar cada anno o dicto unjuersayro aos çinquo dias de junho como dicto he. E nom sse ffazendo assi que lhes praz E outorgarom elles E os rregedores E offiçiaaes que aaquelle tenpo fforem sseJam e posam sseer costrangidos pello Corregedor da dicta çidade E pellos moordomos que fforem da conffraria de santo antonjnho ./ que em toda maneira as dictas misas que ffaleçerem sse entreguem E que as outras sse digam como em este contrauto he contheudo.// E pedirom por merçee A el Rej Noso Senhor E aos ssenhores rreis sseos soçesores que despous delle veerem que per sseos corregedores E offiçiaaes ffaçam comprir E manteer todo esto pellos beens E rrendas da dicta çidade que obrigarom E obrigam pera ello.// E logo pello dicto dom abade ffoy dicto que elle em Nome E per mandado da dicta ssenhora duquesa Reçebia a dicta obrigaçom suso dicta.// E sse auya por contente della E pedio a mim tabaliam que lhe desse deste contrauto e compromiso tres estormentos de huum ./ theor conuem a saber: huum pera estar na camara da dicta çidade E outro pera Jazer na torre do tonbo E outro pera enuyar aa dicta ssenhora asijnados pellos dictos rregedores E offiçiaaes E asseelados com o sseello da dicta çidade .// E mais pera comprimento e ffirmeza desta santa obra e virtuosa .//. o dicto dom abade apressentou aly duas bullas do papa paullo que a dicta ssenhora enpetrou da sua santidade. ssobre que o ella enuyou em corte de rroma scilicet hũa da conffirmaçom E aprouaçom consentimento. e autoridade que o papa deu a este contrauto e conposiçom. sseer valedoira E ffirme. pera todo ssenpre E a outra he de Jnduligençia de ssete annos E ssete quorentenas que o papa da E outorga cada anno a todos aquelles que fforem pressentes ao dicto Unjuersayro .// as quaaes. Bullas. o dicto. dom abade. deu E outorgou nas maaos dos dictos Regedores. E ofiçiaaes pera as ffazerem probicar e eixucutar E as teerem em toda boa guarda .// Requerendo lhes Jso meesmo E pedindo que lhes prouuesse d auerem em lenbrança a dicta ssenhora E de rrogarem E ffazerem Rogar a deos por ella.// E elles com toda deuaçom rreçeberom as dictas bullas. Louvando. Noso Senhor deos E rremerçeando aa dicta senhora. Duquesa. ssua graça E beneffiçio E os santos deseJos e boa vontade que ssenpre teue. e tem, a todollos destes rreignos. offereçendo sse pera todo sseu serujço com aquelle coraçom de boos E leaaes serujdores. que lhes ssenpre fforom e entendem de sseer os çidadaaos E naturaaes e moradores da dicta çidade. Os quaaes dinheiros o dicto Vijçente gill. sse obrigou de os entregar aos

dictos offiçiaaes e çidadaaos cada vez que lhe per elles fforem demandados e rrequeridos per sseos beens E mercadarias que o dicto vijçente gill obrigou os quaaes dinheiros asi o dicto Vijçente gill dos dictos offiçiaaes. rreçebeo pressente mim tabaliam como dicto he. E esto per duzentos cruzados conuem a saber a trezentos e Vijnte e çinquo cada huum como ora valem. em que amonta sasenta e çinquo mjll rreais. e per oyteenta e ssete anrriques e meo velhos a quatrocentos rreais cada huum em que monta trijnta E çinquo mjll rreais. E mais per. onze dobras da banda a trezentos rreais cada hũa como ora valem. em que monta tres mjll e trezentos. E mais em moeda sasenta e sete rreais. E mais que o dicto vijçente gill tem pago pella conpra das dictas casas. vijnte mjll e oytoçentos e trijnta E tres rreais. E assi amonta em todo a dicta soma de cento e vijnte e quatro mjll e duzentos rreais. os quaaes sse obrigou de entregar como ffiell depositário. a todo tenpo que lhe ffor rrequerido pellos dictos offiçiaaes e çidadaaos como dicto he.// O quall contrauto eu tabaliam ffiz E notey per bem de huum aluara do dicto Senhor Rey assijnado per elle do quall o theor tall he: Nos El Rey per este aluara damos licença E lugar a quallquer tabaliam. que huum contrauto ffezer antre a duquesa de bergonha minha muyto. prezada E amada tya. E os offiçiaaes e çidadaaos. da Nossa çidade de lixboa. que elles posam obrigar as rrendas da dicta çidade. por çertos. dinheiros que lhe a dicta minha tya da. pera auerem de meter em. beens.// E per a rrenda delles. sse auer de cantar pera senpre hũa capella. E dizer huum Unjuersayro em a capeella. de santo antonjnho. que esta em a ssee da dicta çidade./ pella alma do Jffante. dom ffernando meu tyo que deos. aJa .// em o quall contrauto que assi o dicto tabaliam ffezer possa poer em elle quallquer Juramento. que aas partes aprouuer.//. E esto Sem embargo. da Nossa defesa e hordenaçom fecta em contrairo porque Nosa merçee: he lhe darmos pera ello lugar como dicto he: ffecto em sintra quinze dias de nouenbro. lopo ffernandez o fez anno de Nosso Senhor ihesu crispto de mjll e quatroçentos e sateenta e huum annos. E queremos que deste aluara sse nom leue chancelaria. porque he coussa que pertençe. aa dicta minha tya.// O quall aluara asi mostrado. como dicto he./ o dicto dom abade. pedio assi de todo os dictos contrautos como suso ffaz mençom.// testemunhas Ruy lobo do desenbargo do dicto Senhor Rey E Corregedor por ell em a dicta çidade e Joham pestana fidalgo. da casa do dicto Senhor e seu thesoureiro moor. e antam gomçaluez comendador de sam martinho da dicta çidade E escripuam da camara do dicto Senhor E Jorge uaasquez escripuam da camara da dicta çidade e per eannes brolador. criado do dicto Senhor Jffante dom fernando E outros. E eu pero vaasquez vasallo d el Rey e seu ppuurico tabeliam em a dicta çidade per ssua autoridade rreall que a todo esto com as dictas testemunhas presente ffuy e este contrauto. escrepuy. e aquy meu sinall ffiz que tall he [sinal de tabelião].

(assinado:) gomez eanes criado do Jfante dom anrique
(assinado:) arias gomez
(assinado:) Joham lopez
(assinado:) lopo rrodrjguez


AML-AH, Book I of Contracts, doc. 5, p. 123 to 126